Quando a raiz não é tratada
Texto base: Hebreus 12:15
“Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus. Que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando a muitos.”
O texto nos convida a olhar para dentro. Ele começa com perguntas silenciosas que alcançam o coração: como estão nossos relacionamentos mais profundos? Como lidamos com as marcas deixadas por pessoas que fizeram parte da nossa formação?
A Palavra nos alerta que sentimentos mal resolvidos não permanecem pequenos. A amargura é chamada de raiz porque cresce escondida, debaixo da superfície. Quando não é tratada, ela brota, perturba e alcança outros ao redor.
Existe a ideia de que o tempo resolve tudo. No entanto, a Escritura nos mostra que há dores tão enraizadas que o tempo, por si só, não cura. Feridas ignoradas não desaparecem; elas permanecem vivas no interior do coração.
A amargura tem um efeito perigoso: ela mantém a dor ativa. Situações antigas continuam presentes na memória, carregadas de detalhes e emoções, revelando que a raiz ainda está ali. O que não foi tratado pela graça continua influenciando atitudes, palavras e reações.
A Bíblia compara essa raiz a uma erva daninha. Ela cresce rapidamente e compromete todo o jardim. Assim também acontece quando o perdão não é liberado. O sentimento, que começa de forma sutil, torna-se visível e, com o tempo, insustentável.
Por isso, o chamado de Hebreus é claro: vigiar o coração. Não apenas por nós mesmos, mas porque uma raiz não tratada nunca afeta somente quem a carrega.
Para refletir:
Existe alguma ferida antiga que ainda influencia minhas reações hoje?
Há algo que preciso colocar diante de Deus para que Ele trate com Sua graça?
Oração:
“Senhor, examina o meu coração. Revela toda raiz que ainda não foi tratada. Ensina-me a perdoar, a liberar e a viver debaixo da Tua graça. Quero um coração limpo e sensível à Tua voz. Amém.”
